terça-feira, 16 de abril de 2013

Pastor é desligado da Assembleia de Deus e entra na justiça pedindo indenização

A Vara Cível da cidade de Prado, na Bahia, terá que julgar um caso de um pastor da igreja Assembleia de Deus que foi afastado do cargo sem justificativa depois de atuar por mais de 30 anos exercendo a atividade pastoral em diversas cidades do estado.
O autor da ação pede indenização por danos morais e materiais que terão que ser pagas, caso o juiz assim determine, pela Convenção Estadual das Assembleias de Deus da Bahia.
Antes de chegar à Vara Civil, o processo passou pela Vara do Trabalho de Itamaraju e também pela Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A troca de varas aconteceu porque para a Justiça o caso não é trabalhista, mas cível.
“A pretensão do autor não apresenta como pano de fundo relação de emprego. Na verdade, o autor aponta como fundamento o fato de ter sido desligado da igreja sem nenhuma explicação e ainda o fato de que, ao contrário do que normalmente ocorre, seu afastamento não foi fruto de deliberação pela Assembleia, mas sim da decisão de dois pastores”, sustentou o juízo trabalhista de Itamaraju.
De acordo com o pastor que foi dispensado, o único motivo que poderia ter feito com que dois pastores escolhessem por desligá-lo seria o término de seu casamento. Para o autor da ação indenizatória, o divórcio é um assunto de sua vida particular e não poderia ser usado para desqualificá-lo de seus trabalhos como pastor.
O ministro Raul Araújo acredita que trata-se de um processo ligado à política interna da Assembleia de Deus. “A ação proposta não tem causa de pedir e pedidos fundados em eventual relação de trabalho entre as partes. Em momento algum da inicial o autor afirma ter relação de trabalho com a ré, assim como não postula o pagamento de verba de natureza trabalhista”. Cabe agora à Vara Cível decidir o caso. Com informações STJ.

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/pastor-assembleia-deus-justica-indenizacao/

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Arcebispo de Edimburgo renuncia após ser acusado de "actos impróprios"

Cardeal Keith O'Brien não vai ao conclave, deixando Reino Unido sem representante. Acusações contra o arcebispo foram feitas por três padres e um antigo sacerdote e remontam à década de 1980.
O cardeal Keith O'Brien anunciou a renúncia ao cargo de arcebispo de Edimburgo, o mais alto da hierarquia católica no Reino Unido, um dia depois de terem sido reveladas suspeitas de que cometeu “actos impróprios” com quatro jovens sacerdotes há mais de 30 anos – acusação que ele nega.
O pedido de afastamento foi transmitido ao Vaticano que, pouco depois de a BBC noticiar a renúncia, confirmava que Bento XVI a aceitara. O'Brien não irá já participar no conclave do próximo mês, deixando o Reino Unido sem um único representante entre os eleitores do novo Papa.
Na carta tornada pública, o cardeal afirma que já tinha apresentado o pedido de renúncia há alguns meses, devido à saúde frágil e ao facto de completar em Março os 75 anos previstos como idade limite para os prelados. No entanto, ainda na última sexta-feira O'Brien falara à BBC sobre a sua participação no conclave e a responsabilidade “aterradora” de eleger um novo Papa.
A verdade é que a saída precipitada de O'Brien acontece um dia depois de o jornal Observer ter noticiado que, no início deste mês, três padres e um antigo sacerdote da diocese de St Andrews e Edimburgo entregaram uma carta ao núncio apostólico denunciando “comportamentos impróprios” de que terão sido alvo por parte de O'Brien.
A primeira acusação data de 1980. O queixoso era um jovem seminarista do St. Andrews College, demasiado atemorizado para denunciar os actos daquele que considerava o seu “director espiritual”, conta o Observer. Abandonou a vida de seminarista dizendo que tinha decidido casar, quando O’Brien foi promovido a bispo. “Sabia que ele teria sempre poder sobre mim. Pensou-se que eu tinha desistido de ser padre para casar. Não foi. Fi-lo para preservar a minha integridade", disse ao jornal.
Outros três sacerdotes dizem ter sido vítimas, em ocasiões distintas, de “contactos impróprios” da parte do prelado que usaria quase sempre como pretexto para a abordagem as orações da noite.
“Por todo o bem que pude fazer, agradeço a Deus. Por qualquer falha, peço perdão a quem possa ter ofendido”, escreve o cardeal na missiva de despedida, em que não faz referência directa às acusações, mas explica que não participará já no conclave para “que as atenções da imprensa não estejam centradas em mim, mas no Papa Bento XVI e no seu sucessor”.
O seu afastamento representa um golpe para a Igreja da Escócia, o centro católico do Reino Unido, e um novo revés para Bento XVI que, depois de um pontificado marcado pelo escândalo de pedofilia, vê os seus últimos dias como Papa serem marcados por notícias envolvendo o nome de vários sacerdotes, incluindo a denúncia de assédio sexual contra o ex-bispo auxiliar de Lisboa e actual delegado do Conselho Pontifício da Cultura no Vaticano, D. Carlos Azevedo.

Fonte:  http://www.publico.pt/mundo/noticia/arcebispo-de-edimburgo-renuncia-apos-ser-acusado-de-actos-improprios-1585688